Recentemente, em um jogo popular da televisão norte-americana, Jeopardy! ( Arrisque-se!, em uma tradução livre), que consiste em ouvir pistas sobre algum assunto e fazer a pergunta certa à respeito, o supercomputador Watson, também da IBM, venceu dois dos melhores competidores da história do programa. Desta vez, além de um excelente componente eletrônico, o sistema contou com um software formidável, capaz de organizar e interpretar o conjunto de dados enciclopédicos armazenados pela máquina.
Este é, sem dúvidas, um importante avanço para a inteligência artificial, área que prometeu muito, mas logo percebeu que o desafio estava apenas começando. Entretanto, o programa que comanda Watson está cada vez mais próximo de uma aplicação prática. Imagine o poder de processamento do supercomputador, conectado a todos os sites e você terá um páreo duro até mesmo ao deus da internet, vossa santidade, o Google. Além disso as áreas que podem ser beneficiadas pelo projeto são muito abrangentes, vão desde a medicina até as finanças.
Acontecimentos como esse são parte da trilha da humanidade rumo a chamada Singularidade. Esse evento hipotético, projetado pelos cientistas para um futuro não muito distante, trata-se de uma súbita explosão tecnológica, provavelmente desencadeada após a criação de algum intelecto artificial superior aos cérebros humanos, em criatividade científica, sabedoria geral e habilidade social. Todavia, alguns estudiosos acreditam que a Singularidade poderia trazer consequências incontroláveis para as nossas vidas e, na pior das hipóteses, o Apocalipse.
A ideia de que a criatura possa se voltar contra o criador, tão arraigada na ficção científica está distante da realidade. Ao menos por enquanto. Máquinas inteligentes poderiam tomar consciência de si mesmas e não mais serem submissas a nós. Contudo, os ancestrais da Skynet, Matrix, ou outra máquina mortífera que o valha, ainda não têm o raciocínio de um Sherlock Holmes. Pois, quando tiverem, não me admirará assistir a uma partida de xadrez entre máquinas. Com humanos como peões.
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