sábado, 22 de janeiro de 2011

Geração do minuto

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   Bem vindo a um mundo que muda drasticamente a cada par de décadas - embora alguns falem em trinta, ou quarenta anos. Cada vez que um desses períodos passa, é comum denominarmos os nascidos nessa nova época de "nova geração". Gerações não nos remetem apenas a essas pessoas, mas também a um novo conjunto de pensamentos, um novo conjunto de ideais. A geração passada, por exemplo, queria mudar o mundo. O vídeo do Greenpeace abaixo mostra que eles infelizmente conseguiram.


    
    Deprimente, mas a intenção deste não é falar dessa geração. O tempo desta já passou. Visto no vídeo, a geração passada como um conjunto tinha a intenção de mudar o mundo. Com a teconlogia, o fluxo de informações e novidades que chegam a cada dia, a geração atual chegou à conclusão de que não precisa de mais ninguém para sobreviver. A geração chegou a conclusão de que aproveitar o máximo sem se preocupar com o futuro é uma coisa natural, interpretando erroneamente o carpe diem. E à atual geração daremos o nome de Geração do Minuto.

    Mas também, que outra escolha tinha esta geração? Cultural, ideologica e politicamente, tudo os empurrou para esse beco sem saída. Infelizmente, em um mundo que ri quando dizemos que as crianças são o futuro, que faz pouco caso de problemas educacionais, que desinteressa uma camada de jovens com uma política apresentada de forma desinteressante não havia mesmo outro caminho que a geração pudesse tomar. Quando a indústria cinematográfica influencia milhões a acreditar em um fim do mundo em dois mil e doze a ponto da Nasa classifica-lo como o filme mais absurdo da história e criar um site para desmentir os mitos. Até o sistema financeiro leva o mundo a acreditar que as pessoas de hoje estão sozinhas e com o futuro contado.

  A Geração achou que estava muito bem sozinha, e não se importou em olhar para o passado. Ela esqueceu-se, ou simplesmente quis ignorar e repetir os êxitos que as outras conquistaram. Ela não aprendeu com os erros que elas cometeram, e apenas os repetiu. Enquanto "cachorro comer cachorro", enquanto aqueles da geração acreditar que pode ser vitoriosa pensando "consigo sozinho, para mim", o círculo vai se repetir, e cada vez mais pessoas que perceberam essas falhas no sistema que outros criaram vão tirar vantagem dos tolos que não vêem que "consigo" e "sozinho" são dois universos paralelos separados por  um espaço que nunca os deixará encontrarem-se, enquanto não perceberem que "para mim", e "mim" não faz sentido, quando todos nós dividimos o mesmo céu. "O mesmo céu, o mesmo destino" (Tetsuya Nomura - Kingdom Hearts).

Os gritos fragmentados soam baixo, um de cada vez. Porque não juntar as vozes que pedem todos os dias a mesma coisa, e fazer barulho? Façam-se ouvir.

Por Olho Biônico, um outro ponto de vista.

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